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Câncer de mama: como o apoio do parceiro pode ajudar a superar a doença

"O fato do Caio me tratar naturalmente, com amor, desejo e sem pena, reforçou ainda mais a minha confiança". História de Caio e Linda mostra como o companheirismo pode ajudar a superar o câncer de mama

Receber o diagnóstico de um câncer é um momento muito delicado. No caso do câncer de mama, além de todos os fantasmas e medos que envolvem a doença, há o medo de ter de retirar o seio e perder a feminilidade. Ter um companheiro presente a seu lado fez a diferença na história de Linda. Linda Rojas tem 29 anos e se define como meio carioca e meio paulistana. Tudo estava bem e ela havia acabado de voltar de uma viagem dos sonhos a Paris com Caio, seu namorado há três anos. "Voltei com a missão de investigar um nódulo no seio direito que havia notado pouco antes da ida. Após uma bateria de exames, decidimos fazer uma cirurgia para retirar esse 'caroço' que, em princípio, se apresentava similar a um fibroadenoma. Ele foi enviado para biópsia e uma semana depois foi constatado que se tratava de um câncer de mama ", detalha Linda. A jovem tinha 24 anos na época e nenhum histórico da doença na família, o que fez com todos ficassem ainda mais surpresos com  o resultado do exame. Mas era o momento de se encher de coragem e contar com Caio para encarar o tratamento que teria pela frente. "Sabíamos que viria um dos maiores desafios de nossas vidas, mas estávamos juntos e conscientes da seriedade que seria enfrentá-lo. Partimos para o ataque e resolvemos ser práticos desde o primeiro momento, e isso foi fundamental para o caminho da solução", afirma.

Cirurgia e a retirada do seio Linda conta que teve um choque com a notícia do câncer, mas que se manteve focada em buscar a cura e enfrentou segura e confiante a cirurgia para a retirada do seio. Também sabia que logo faria a reconstrução da mama . O apoio do namorado também foi importante para que ela continuasse se sentindo bonita e feminina, mesmo após a cirurgia. "O fato do Caio me tratar naturalmente, com amor, desejo e sem pena, reforçou ainda mais a minha confiança", fala Linda. "Percebi que não enfrentaria tudo sozinha, pois teria o Caio para dividir esse peso comigo e me encorajando a seguir em frente. Nos momentos difíceis queremos contar com as pessoas que amamos, sejam elas familiares, amigos ou parceiros de vida", completa.

Linda loira, morena ou careca A chilena paulistana seguiu o tratamento, passou por quimioterapia e perdeu os cabelos . Nesse momento, viveu um turbilhão de emoções. "A quimio por um lado é a pior fase: você perde os cabelos, os sintomas são mais agudos e é quando de fato você percebe que está doente. Por outro, ela é nossa principal aliada para a cura. Nesse período fui frágil, fui forte, chorei e sorri". Linda também diz que, aos poucos, aprendeu a se redescobrir ao olhar no espelho, a abusar de acessórios como brincos e maquiagem e lenços para se sentir bem e bonita. Mais uma vez, o namorado não mudou a maneira como ele a tratava só porque ela estava careca e isso deu ainda mais auto-confiança para a paciente: "O brilho no olhar do Caio sempre foi o mesmo, ele me demonstrava seu desejo, amor e sempre me dizia o quanto estava bonita". "O motivo de estarmos juntos é pela sua personalidade, seu caráter e a luz que, não só eu, mas muitas pessoas identificam nela. Sua aparência serve para embalar isso tudo, mas definitivamente não é o principal", afirma Caio. O casal tem um blog no qual conta a história da superação do câncer de mama, o "Uma Linda Janela", e também faz parte do portal de empoderamento feminino Superela. Por lá, Caio já disse que é apaixonado por Linda loira, morena ou careca. "Minha admiração e carinho não são, e nem serão, condicionados à imagem externa. Mas devo admitir que seu nome se encaixa muito bem pois, de fato, ela é linda mesmo careca", derrete-se Caio em um papo com o Delas.

Próximo passo O relacionamento foi um ponto de apoio a mais para superar a doença: "O Caio agiu sempre de maneira bem prática e com a seriedade que uma doença como essa exige. Ele foi tudo e mais um pouco. Podia chorar nos seus braços, acordar com ele ao pé da cama fazendo massagem (para aliviar meu mal estar pós quimio), falar sobre meus medos, rir junto a ele, estar à vontade em nossa intimidade e, o mais importante, me sentir amada". Cinco anos após o diagnóstico, o casal se prepara mais um passo. Caio pediu Linda em casamento pelo microfone de um aeroporto durante uma viagem, ela aceitou e a cerimônia está marcada para 2017. Linda segue o acompanhamento médico, exames e remédios. "O câncer de mama é diagnosticado nas mulheres, mas deve ser enfrentado por todos". resume Caio. Fonte :IGDelas 

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